O Bicho
Augusta Schimidt
Sou o bicho...
Sou simpático e sereno
Peludo e pequeno
Sinto uma enorme preguiça
E asseguro que não é fita,
Andar? Só para me alimentar,
Mas o que eu gosto mesmo
É de nadar.
Sou o Bicho – preguiça
Muito prazer
Gosto do seu carinho
Venha me conhecer
Sou solitário é verdade
Por isso adoro aproveitar o tempo no meu galho
Pois é nele que vivo
E isso não me dá o menor trabalho.
Tenho aparência risonha
E não ter dentes, não me envergonha
Sinto muito calor
Mas não posso reclamar
Pois meu lema é relaxar
Relaxar e viver
Me dão um enorme prazer!
O galo
Augusta Schimidt
Mal o sol desponta no céu
Já aquece o bico do galo
Que se põe logo a cantar
Anunciando o dia
Que acaba de chegar.
Suas asas coloridas
Parecem com o arco-íris
E num bailado alegre
Empoleirado na cerca florida
Abre o bico e canta
É o dia...
Bom dia!
Bom dia!
O pardal
Pobrezinho do passarinho
Que nasceu lá na cidade
Caiu de dentro do ninho
Para sua infelicidade.
Era um pardal
O pobre do passarinho
Que mal sabia voar
E mesmo sendo filhote
Teve logo que aprender
Como deveria fazer
Para sobreviver
Do chão olhou para o alto
Não viu um galho sequer
Migalhas no chão...nem pensar
E o pardalzinho desconsolado
Se pôs então a piar.
Desconsolado e perdido
Sozinho e assustado
Criou forças
Voou alto
Deixando a cidade lá embaixo.
Voou longe
Cruzou o mar
E logo encontrou uma floresta
Com muitas arvores
Onde pode se abrigar.
Muito feliz e contente
O pardal se alimentou
Bebeu água fresca da fonte
E muitos amigos arrumou.